O volume representa a imensa quantidade de dados gerados de forma contínua. É importante também compreender que o conceito de volume é relativo à variável tempo, ou seja, o que é grande hoje, pode não ser nada amanhã.

 A velocidade representa o quão rápido e atual é a informação levantada, com as empresas precisando de dados atuais para melhor tomada de decisão.

Já a variedade é caracterizada pelo ato de obter infinitos pontos de vista sobre o mesmo dado ou informação. Neste caso, empresas que conseguem captar a variedade, seja de fontes ou de critérios, agregam mais valor ao negócio.

Big Data na Agricultura: coleta e análise de dados em larga escala

Todos sabemos que, com o avanço da produção e evolução tecnológica, a agricultura gera uma infinidade de dados de forma contínua, com estes precisando de tratamento para oferecer a melhor informação para o setor.

Por isso, o conceito de Big Data é imprescindível na agricultura, permitindo a coleta, o processamento e o armazenamento dos registros com maior eficiência.

Com o Data é possível apontar a ampla análise de dados para avaliar com precisão uma variada gama de temas ligados à agricultura. Isso porque o Big Data ajuda a compilar diversos aspectos, como:

• Índices meteorológicos e aspectos geográficos;
• Aspectos mercadológicos;
• Mapeamento rápido e mais preciso do solo e das máquinas responsáveis pela colheita/plantio;
• Compilação de dados gerados por GPS, permitindo abastecer com informação as máquinas agrícolas.

É importante reforçar que o Big Data é aplicado em conjunto com a agricultura de precisão, sendo a âncora destas tecnologias. Dessa forma, o Big Data, quando usado nas atividades agrícolas, permite identificar antecipadamente ameaças e vulnerabilidades, ou até mesmo as oportunidades que se apresentam.

Por meio desse tipo de informação compilada, o gestor do agronegócio pode planejar ações preventivas e tomar decisões para mitigar riscos, evitar prejuízos e aumentar a produtividade.

Vantagens do Big Data na agricultura

Com as informações já apresentadas, ficou claro que o Big Data se caracteriza como um diferencial de grande importância no campo. Dessa forma, a adoção da Big Data na Agricultura permite:

• Redução dos desperdícios;
• Redução nos custos, principalmente nas ações intuitivas, já que a compilação dos dados permite a tomada de decisão mais assertiva;
• Otimiza todo o investimento realizado em maquinários;
• Propicia um ambiente mais produtivo, permitindo maior lucratividade;
• Resulta em uma agricultura mais sustentável, com a adoção de ações que impactem menos o meio ambiente.

Diante de todas essas vantagens, observa-se que o uso da Big Data na agricultura concede avanço do gerenciamento de qualquer negócio agrícola, permitindo decisões embasadas em projeções bastante sólidas e confiáveis.

Assim, fica fácil perceber que a adoção desses conceitos pode trazer impactos positivos e duradouros, alavancando a produção agrícola brasileira.

Além disso, tudo, estudos da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontam que o Brasil irá contribuir em 40% no aumento da produção mundial até 2050. Porém, sem o investimento em Big Data será muito difícil (para não dizer impossível) atingir esta meta.

Dessa forma, a adoção do Big Data e demais tecnologias a ele ligadas permitirão que o Brasil assuma, de fato e de direito, seu papel de vanguarda na expansão agropecuária global.

Etapas para adotar o Big Data na Agricultura

Para que o Big Data seja utilizado de forma eficaz e mais produtiva na Agricultura é necessário considerar 4 fatores. Estes ajudarão o produtor a tomar decisões mais assertivas.

1.      Definindo um problema

O primeiro passo é saber para qual objetivo o Big Data será utilizado. Devemos partir de um problema a ser solucionado, direcionando onde e como será feita a coleta de dados que ajudarão a entender o problema.

2.      Coletando os dados

Definido o objetivo, chega a hora de buscar ferramentas que permitam a coleta de dados mais relevantes para cada necessidade. A agricultura de precisão disponibiliza uma série de equipamentos capazes de monitorar em tempo real muitas informações (temperatura, umidade, posicionamento geográfico, condições do motor, entre muitos outros registros).

O gestor agrícola também deve se preocupar com a qualidade dos equipamentos de transmissão desses dados, seja conectividade via rádio ou via satélite. Afinal, ter bons equipamentos de transmissão dos dados também é imprescindível, visto que nada adianta coletar muitos dados se estes não chegarem com a velocidade necessária ao destino.  

Vale também lembrar que os avanços em conectividade rural são fundamentais para a Agricultura Inteligente brasileira, onde se inclui o conceito de Big Data e Agricultura de precisão. 

Com os dados coletados, basta utilizar eficientes soluções de Big Data, que irão processá-los e transformá-los em informações relevantes para a tomada de decisões.

Esse tipo de informação será apresentado através de relatórios, gráficos, demonstrações financeiras ou qualquer tipo de apresentação que deixam explícitas as informações derivadas dos dados obtidos.

3.      Buscando soluções

Quando analisadas, as informações podem revelar problemas, falhas ou tendências que precisam ser trabalhadas, possibilitando encontrar suas respectivas soluções.

Essa é a função número um do Big Data na agricultura, ou seja, ele extrai e processa dados que serão suficientes para resolver um problema ou mesmo potencializar um bom resultado.

4.      Tomando decisões e aplicando soluções

Vale citar que, mesmo com todo esse avanço, o Big Data é apenas uma ferramenta que ajuda na compilação de dados, mas quem analisa e toma as decisões ainda são do homem.

Assim, cabe ao produtor buscar, aplicar e analisar as melhores soluções que o ajudarão a resolver seus problemas.